Então o homem quis fazer arte.
Pegou papel, vidro e fez cartel.
Decidiu separar.
Separou morros e a Quinta Avenida.
Separou os brancos e os rosados.
Foi fazer arte.
Colocou Cristo Redentor no cume.
Entendeu que aquilo fazia parte.
Reforçou sua arte.
E pediu para que ele abençoasse toda aquela arte que não tinha dado tão certo.
Eu a faço. Eu provoco a arte.
Pego vidro, tiro o ethyle acetate e coloco
o solvente universal em seu interior.
Por fora tiro rótulos.
Agora quero areia salgada.
Salgada e colorida.
Um potinho de vidro com muita energia.
Por enquanto só tenho água e resíduos.
Depois, mais um nada na estante.