domingo, 27 de janeiro de 2008

Um belo dia resolvi mudar.


Cansei dos mesmos amigos,
dos mesmos lugares,
das mesmas discussões,
da mesma quietude.
Cansei das velhas discussões,
dos velhos costumes,
das velhas intrigas
e das velhas oposições.

Quero novidade,
sarcasmo,
conversas,
exposições de arte,
ambientes culturais.


Paranóia Paranóia!


terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Ensaio sobre a desigualdade.


Então o homem quis fazer arte.
Pegou papel, vidro e fez cartel.
Decidiu separar.
Separou morros e a Quinta Avenida.
Separou os brancos e os rosados.
Foi fazer arte.
Colocou Cristo Redentor no cume.
Entendeu que aquilo fazia parte.
Reforçou sua arte.
E pediu para que ele abençoasse toda aquela arte que não tinha dado tão certo.



Eu a faço. Eu provoco a arte.
Pego vidro, tiro o ethyle acetate e coloco
o solvente universal em seu interior.
Por fora tiro rótulos.

Agora quero areia salgada.
Salgada e colorida.
Um potinho de vidro com muita energia.

Por enquanto só tenho água e resíduos.
Depois, mais um nada na estante.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Porque é Estrela.


Uma figura bastante significativa.

Assim a entendia.

Entendia também que só alguns a carregariam.

Era coisa linda.

Gostava de ver e de sentir o cheiro, as formas, as cores, o brilho.

Quanto brilho!

Guardou consigo, como se guarda um segredo.

Como se guarda no peito um amor.

Talvez platônico.

Viu outras se apagarem.

Escuridão e o silêncio das estrelas.

Mas consigo guardava, como se guarda a pétala ganhada.

E assim a levou por toda a vida.

Sempre seguida por ela.

E assim sempre levará - espera em seu louco devaneio.