A infância lhe cheirava um bosque.
A cor era o amarelo.
Bastante radiante, bastante alegre.
A juventude cheirou cigarro.
Era cinza.
Descobriu muitas coisas,
dentre elas a indiferença.
A Indiferença era negra.
E cheirava nada.
Um pouco de quase nada.
Cresceu.
Hoje o cheiro é de livro.
De mofo.
A cor é vermelha,
porque se apaixona.
É verde,
porque sonha.
É rosa,
porque dança.
É branca,
porque há calmaria.
A cor era o amarelo.
Bastante radiante, bastante alegre.
A juventude cheirou cigarro.
Era cinza.
Descobriu muitas coisas,
dentre elas a indiferença.
A Indiferença era negra.
E cheirava nada.
Um pouco de quase nada.
Cresceu.
Hoje o cheiro é de livro.
De mofo.
A cor é vermelha,
porque se apaixona.
É verde,
porque sonha.
É rosa,
porque dança.
É branca,
porque há calmaria.
Um comentário:
Lindo esse texto!
Sensível, porém forte, certeiro...
Um prazer entrar aqui e ler tais textos.
Abraços,
Ana
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